26/03/2010 - 17h34
Rosanne D'Agostino
Do UOL Notícias
Em São PauloA madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, teve que ser retirada do plenário onde acontece o quinto dia do julgamento do caso Isabella, em que Jatobá e Alexandre Nardoni são acusados de atirar a menina do 6º andar do edifício London, em março de 2008.
Advogado de defesa admite que chances do casal Nardoni são pequenas
1º DIA: Ana Oliveira chora e relata ciúmes de Jatobá
2º DIA: Peritos falam e fotos de corpo chocam
3º DIA: Pai de Anna Carolina Jatobá reafirma inocência do casal Nardoni no Fórum de Santana
4º DIA: Nardoni afirma que encostou na janela do apartamento com filho no colo para procurar Isabella
Jatobá foi retirada por volta das 16h30, acompanhada de oficiais de Justiça, visivelmente nervosa durante os debates da defesa.
Esta sexta-feira (26) é destinada aos debates e réplicas entre o promotor Francisco Cembranelli e o advogado de defesa, Roberto Podval. O quinto dia do julgamento começou às 10h26 de hoje, com a fala do promotor. Cembranelli terminou de falar por volta de 13h e houve uma pausa para almoço. Depois disso, a defesa começou sua exposição e o promotor adiantou que pediria réplica.
O promotor afirmou que o casal Nardoni estava no apartamento quando a menina Isabella foi atirada pela janela. Segundo ele, a perícia demonstra que "os Nardonis são mentirosos" e não conseguem contestar provas técnicas.
Também de acordo com o promotor, os depoimentos das testemunhas indicam que a madrasta Anna Carolina Jatobá tinha "rompantes e descontroles". Cembranelli ainda ironizou a versão da defesa de que uma terceira pessoa teria cometido o crime.
Em seguida, Roberto Podval usou um outro "mistério" para defender que nenhuma prova pode ligar Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá à morte da menina Isabella. Em suas duas horas e meia nos debates entre acusação e defesa, Podval afirmou que, assim como os pais de Madeleine MacCann, que foram acusados pelo sumiço da menina em Portugal, pai e madrasta de Isabella não podem ser condenados por um crime do qual se dizem inocentes.
"Disseram que o pai de Madeleine teria dado um remédio para ela. Qual a prova? É que nem essas presunções todas. A perícia não chegou na autoria. Eles apenas presumem. Quem asfixiou? O promotor não tem certeza. Aí fica a sociedade clamando Justiça. A nossa sociedade não pode permitir isso", pediu Podval aos jurados, para que absolvam o casal.
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