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ANDI - Agência de Notícias dos Direitos da Infância

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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Mãe abandona seu bebê em uma caçamba na Praia Grande-SP

Mãe diz que largou bebê em caçamba por desespero


FERNANDO GALLO

A mulher presa anteontem por ter abandonado uma bebê de cerca de dez dias em uma caçamba de lixo em Praia Grande (litoral de São Paulo) na semana passada disse à polícia que é mãe da criança, mas que não tem condição de cuidar dela porque ganha R$ 600 mensais.

Além da menina abandonada, a mulher, de 39 anos, tem outros seis filhos, três deles menores de idade. Everton Ribeiro, advogado da mulher, disse que ela vai pedir a guarda da criança.

Câmeras de um sistema de segurança flagraram o momento do abandono da bebê, na segunda-feira passada.

Após a prisão da mãe, dois dos filhos mais velhos foram à delegacia e se responsabilizaram pela guarda provisória dos irmãos menores.

Ribeiro diz que sua cliente sofre de depressão pós-parto e tem o direito de ficar com a criança. "Todas as mães precisam e têm esse direito. É um estado pós-parto que se inicia e se finda. Tendo um tratamento adequado vai se findar. E mãe é mãe."

A mulher chorava muito no momento da prisão, na casa de repouso em que trabalha como auxiliar-geral. À polícia ela afirmou que cometeu o ato por desespero.

Câmera registra momento em que bebê é abandonado; a mãe da criança já tem seis outros filhos

DENÚNCIA ANÔNIMA (tef. 181 ou 100 )

A polícia chegou à suspeita por meio de uma denúncia anônima. O homem apontado pela mulher como pai da criança é vigia da mesma casa de repouso em que ela trabalha. Ele não foi localizado pela reportagem.

O conselheiro tutelar Tadeu Costa diz que será difícil a mãe reaver a guarda. "Ela vai precisar justificar o ato, que é injustificável." A mulher foi indiciada pela polícia e teve a prisão temporária decretada pela Justiça.

O estado de saúde da bebê, chamada pela equipe médica de Vitória, apresentou melhora ontem, mas ela continua internada na UTI do Hospital Irmã Dulce. Segundo o hospital, ela terá alta da terapia intensiva neste início de semana caso seu tratamento continue evoluindo bem.

A Folha não divulga o nome da mãe para, dessa forma, evitar que a criança seja identificada.

PS. Por uma lei de paternidade responsável é que a sociedade brasileira deria lutar.
       Os Pais tem o direito de ter filhos, mas também o dever de cuidar.
Ed

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes: 18 de Maio


Para iniciar a mobilização para o Dia Nacional de Combate ao Abuso e Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes, 18 de maio, o Comitê Nacional de Enfrentamento á Violência Sexual disponibiliza o texto base e a logo da campanha "Faça Bonito. Proteja nossas crianças e adolescentes."
Dessa forma, queremos fortalecer o símbolo da Flor que tornou-se, desde o ano passado, o símbolo do enfrentamento à violência sexual infanto-juvenil. O Comitê convoca toda sociedade a assumir a responsabilidade de proteger a infância e a adolescência no Brasil.


www.comitenacional.org.br 

Tragédia em Realengo se transforma em circo de horrores dissociado de reflexão social

Escrito por Duarte Pereira   
13-Abr-2011
 
"Alô, alô, Realengo: 
Aquele abraço!" 
(Gilberto Gil, no samba-exaltação Aquele abraço, ao partir para o exílio, forçado pela ditadura militar) 
 
A dor pelas mortes e pelos ferimentos, brutais e gratuitos, das crianças e pré-adolescentes da Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro do Realengo, na cidade do Rio de Janeiro, não deve obscurecer nossa consciência crítica.
 
Nada que é humano é somente individual. É individual e social. Mesmo a loucura e suas consequências.
 
Em que exemplos de violência e insensibilidade, reais e fictícios, o rapaz Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, ex-aluno da escola atingida, buscou inspiração? Onde conseguiu informações sobre o manejo de armas e o planejamento de massacres? Como adquiriu os dois revólveres e a farta munição que utilizou? Por que Wellington, filho de uma paciente psiquiátrica, arredio desde criança, e que já apresentava há vários meses, após o falecimento dos pais adotivos, sinais perceptíveis de descontrole e decadência pessoal, foi esquecido sozinho numa casa herdada, sem apoio nem assistência?
 
A forma capitalista de vida social, sobretudo em seus traços contemporâneos, engendra um individualismo cada vez mais exacerbado e uma perda crescente de atenção e solidariedade das pessoas entre si. Não é possível outra forma de sociabilidade humana, que reduza tragédias como a que ensanguentou ontem pela manhã o bairro carioca de Realengo?
 
Estou cada vez mais estarrecido com a cobertura predominantemente passional e facciosa da tragédia ocorrida em escola municipal do Rio de Janeiro, no bairro do Realengo.
 
O jovem Wellington de Oliveira, autor dos disparos que mataram e feriram alunos inocentes da escola, foi chamado de "meliante" nas primeiras declarações do policial que o abateu e continua sendo indigitado como "assassino" por quase toda a mídia, embora já se saiba que sofria de esquizofrenia desde criança. A mídia negligencia as informações de que Wellington, quando era aluno da escola, passou por vexames e humilhações por causa de sua introversão e bizarrices. Não aborda a falta de acompanhamento e tratamento adequados de um paciente diagnosticado de esquizofrenia desde criança, o que agravou a evolução de sua enfermidade. Não trata das informações sobre atentados e manejo de armas que podem ser acessadas facilmente na internet. Não reavalia a divulgação maciça, cotidiana e acrítica dos mais variados atos e formas de violência praticadas por grandes potências e contumazes delinquentes, reproduzidos em filmes de sucesso e até mesmo em jogos eletrônicos. Não esclarece como Wellington conseguiu as armas e as munições, sem as quais não poderia ter feito seus disparos cruéis e desvairados. Não alerta para a atmosfera envenenada de individualismo e competição em que a infância e a juventude vêm sendo forjadas.
 
Com essa cobertura irresponsável e superficial, a maioria da mídia apenas acirra a dor e as reações equivocadas dos parentes das vítimas e de um amplo setor popular. E, nesse clima irracional, as autoridades policiais já alertam para possíveis ataques de represália a familiares do jovem atirador.
 
São poucos também os professores e mais reduzidas ainda as entidades do magistério que têm vindo a público para lembrar a violência que se tornou endêmica nas escolas, principalmente nas escolas públicas, rebatendo a ideia de que a tragédia do Realengo possa ser considerada um fato isolado e imprevisível. Surpreende também que os movimentos de saúde, sobretudo os de saúde mental, não se empenhem em repor a apreciação do trágico acontecimento num quadro mais objetivo e multilateral, que leve em conta a condição do autor dos disparos, a falta de acompanhamento e tratamento de seu padecimento mental e as circunstâncias finais de abandono e solidão que precederam seu gesto de sofrida insanidade. Preocupa também que juristas de indiscutíveis convicções democráticas não se pronunciem para reclamar o tratamento jurídico adequado que merece um jovem esquizofrênico, mesmo que pratique atos de grande crueldade.
 
Abalados pelo acontecimento, que não conseguem entender satisfatoriamente, muitos parecem retroceder à Idade Média, quase pregando a condenação dos loucos como endemoninhados e bruxos e seu justiçamento nas chamas de fogueiras.
 
Vêm à lembrança as advertências de Engels e de Rosa Luxemburgo de que o declínio da civilização capitalista poderia ser seguido não por um salto socialista, mas por uma regressão à barbárie. É preciso insistir, portanto, na necessidade de lutar pela alternativa de uma civilização superior, socialista, baseada não apenas no poder democrático dos trabalhadores, na propriedade social dos meios de produção, no  planejamento das atividades econômicas ou em serviços públicos universais e de qualidade, principalmente nas áreas de saúde, educação e previdência, mas também em valores de respeito, solidariedade e ajuda mútua no convívio social.
 

Questões que não querem calar
 
O programa “Fantástico” transmitido pela Rede Globo na noite de domingo exibiu novas reportagens sobre a tragédia que se abateu sobre a Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro do Realengo, na cidade do Rio de Janeiro. As reportagens devem ter suscitado novas preocupações nos espectadores atentos.
 
1) É legal e admissível que a polícia carioca repasse imagens e documentos da investigação para a Rede Globo com exclusividade, discriminando os outros veículos de comunicação?
 
2) Segundo as imagens transmitidas, as professoras das duas salas de aula invadidas pelo atirador foram as primeiras a fugir, deixando para trás as crianças e adolescentes pelos quais eram responsáveis. Por que a entrevistadora não questionou esse comportamento? Por que as autoridades educacionais do Rio de Janeiro não apuram, nem discutem com as famílias dos alunos, a conduta da direção, dos professores e dos funcionários da escola no episódio, até mesmo para estabelecer padrões de reação escolar na eventual repetição de ocorrências semelhantes? Segundo regra conhecida, o comandante de uma embarcação que naufraga deve ser o último a abandoná-la.
 
3) Relatos de colegas de Wellington de Oliveira, reproduzidos pelo programa da Globo, confirmaram que o menino introspectivo e vulnerável costumava ser objeto de gozações e humilhações na escola. Grupos de alunas o cercavam, roçando seu corpo e simulando assediá-lo sexualmente, para o sádico divertimento de outros alunos e alunas que assistiam. Em uma ocasião pelo menos, colegas mais fortes o levantaram pelas pernas, enfiaram sua cabeça numa privada e acionaram a descarga, conforme os entrevistados admitiram. Contraditoriamente, uma das professoras que abandonou precipitadamente a sala de aula, deixando para trás seus alunos, declarou enfaticamente no programa da Globo que nunca houve “histórico de violência” na Escola Municipal Tasso da Silveira. O que era feito com Wellington não configura violência e violência repetida? Como são supervisionados os banheiros, os horários de recreio e as saídas das escolas, que se têm revelado momentos e espaços críticos para a integridade e a segurança de alunas e alunos mais indefesos?
 
4) Conforme as declarações de um dos irmãos de criação de Wellington, a mãe deles foi chamada à escola, alertada para o comportamento discrepante do aluno e aconselhada a procurar um psicólogo ou psiquiatra para avaliá-lo. Isso foi feito? Em nossa sociedade capitalista, sobretudo na fase neoliberal e privatizante que atravessa há cerca de duas décadas, existe serviço público na região capaz de assegurar esse atendimento, tratamento e acompanhamento? Por que esses aspectos da tragédia não são pesquisados, nem discutidos?
 
5) Por que não têm sido ouvidos juristas competentes sobre os aspectos penais envolvidos em atos de jovens esquizofrênicos, mesmo que esses atos sejam chocantes, brutais e injustificáveis como os que abalaram a escola do Realengo? Se Wellington tivesse sobrevivido, ele poderia ser levado a júri e condenado à prisão? É correto tratá-lo raivosamente como “criminoso” e “assassino” como qualquer jovem normal e imputável, esquecendo seu prolongado e negligenciado sofrimento mental? A dor merecida pelas vítimas de sua insanidade e a solidariedade com os familiares dos alunos mortos e feridos devem impedir a solidariedade com os familiares do autor dos disparos e a compaixão pelo jovem que premeditou e executou o massacre e acabou sendo vítima de seus próprios atos tresloucados?
 
A tragédia do Realengo precisa ser debatida de forma séria e multilateral se a intenção for evitar a repetição de ocorrências semelhantes e não apenas disputar índices de audiência.
 
É preciso insistir: tudo que é humano é inseparavelmente individual e social. Inclusive a loucura e suas consequências. O capitalismo contemporâneo incentiva, mais do que nunca, o individualismo, a competição, a insensibilidade. Exalta os vencedores e despreza os derrotados. Pode queixar-se de colher os frutos de seu darwinismo social?
 
Internem a Globo?  
O locutor William Bonner anunciou ontem à noite (11/04) em tom dramático pelo Jornal Nacional, transmitido pela Rede Globo para todo o país, que o "homem" que assassinou "covardemente" alunas e alunos da escola carioca Tasso da Silveira mantinha contatos com um grupo "terrorista" supostamente islâmico, insinuando que esse grupo o poderia ter influenciado a planejar e executar o ataque sangrento à escola.
 
Era o que faltava. A Globo encontrou a linha ideal de investigação policial para tentar impedir qualquer discussão séria e abrangente sobre as causas que levaram à tragédia do Realengo e para deslocar as responsabilidades por essa tragédia da direita para a esquerda do espectro político. Nada de falar na esquizofrenia do jovem Wellington de Oliveira, nem na falta de apoio e tratamento que agravou sua enfermidade. Nada de recordar as perseguições e humilhações que sofreu quando era aluno da escola atacada. Nada de mencionar as informações sobre armas e massacres que podem ser acessadas facilmente na internet. Nada de aludir à cultura de individualismo, competição e insensibilidade disseminada pelo capitalismo contemporâneo. Nada de referir-se aos filmes, jogos e exemplos de truculência e crueldade que vêm dos Estados Unidos e das outras potências imperialistas. A grande questão passou a ser, para a Globo, os contatos de Wellington com um alegado grupo "terrorista", que pode nem ser real, mas criado pela imaginação doentia do jovem.
 
Acresce que para os monopólios capitalistas de informação como a Globo a palavra "terrorismo" abarca tanto os atos de terror propriamente ditos e as organizações que os praticam quanto à resistência armada de povos oprimidos, como o palestino. Em contrapartida, para esses monopólios da informação, Estados, exércitos e partidos como os de Israel e dos Estados Unidos, que bombardeiam e devastam outros países e assassinam seletivamente seus líderes, não praticam o terrorismo. Assim, ao tentar envolver um suposto grupo "terrorista" nos atos tresloucados do jovem Wellington, a Globo busca comprometer setores que a população costuma considerar de esquerda no massacre justificadamente repudiado.
 
No esforço para montar essa versão tendenciosa, a Globo não se constrangeu sequer com uma objeção de simples bom senso: por que algum grupo terrorista, de direita ou de esquerda, teria interesse em insuflar um ataque à modesta escola municipal de bairro periférico do Rio de Janeiro?
 
Para revestir de alguma credibilidade a insinuação, o Jornal Nacional ouviu o ministro da Justiça que se prestou a declarar que a Polícia Federal apoiará todas as linhas de investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, inclusive a do alegado envolvimento de grupo "terrorista" com as maquinações do jovem Wellington de Oliveira. O que não consegue a poderosa Globo?
 
Duarte Pacheco Pereira é jornalista, escritor e ex-dirigente da Ação Popular. 

PS. Resolvi publicar em meu blog esta matéria, porque acredito que esta é a melhor análise que tive a oportunidade de ler sobre o terrível acontecimento em Realengo-RJ.
Também porque sou testemunha de que as escolas não estão preparadas para analisar seus alunos, identificando seu perfil psicológico e principalmente, encaminhando as crianças e adolescentes para um tratamento efetivo.
É preciso ser mais inteligente e tratar nossa sociedade como potencial para desenvolvimento e crescimento de nosso país e não como se fossem um bando de animais a ser conduzido para a matança.
Ed

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Beach Park inaugura circo aquático para bebês e crianças


CRIS GUTKOSKI *
Enviada especial a Fortaleza (CE)

O Beach Park inaugurou em março um circo aquático para turistas muito jovens, que ainda usam fraldas e estão aprendendo a caminhar. Com tecnologia canadense, o Acqua Circo faz bebês, crianças e os adultos que os acompanham interagirem com 131 brinquedos espalhados numa piscina rasa e gigante: são túneis, chafarizes, pedalinhos, torres, gangorras, dezenas de duchas e jatos de água refrescando os banhistas por todos os lados.
A principal novidade é o piso especial, antiderrapante, composto de duas camadas sintéticas: a primeira de borracha de pneu reciclado e a segunda, a que aparece em azul, de pebble-flex, um revestimento importado e de uso pioneiro em parques aquáticos do Brasil, segundo os administradores. O piso adere aos pés descalços e permanentemente molhados dos visitantes. Quando se diverte em parques e praças, criança não caminha - ela corre mesmo - e o revestimento especial dificulta as quedas e amortece os impactos.


Na Argentina, Mãe Perde Guarda do Seu Bebê



Em Buenos Aires

Um juiz da província argentina de Córdoba (centro) suspendeu o mátrio poder de uma mulher que não percebeu que seu bebê, de 19 meses, caiu de um carro em movimento, informaram funcionários da justiça nesta quinta-feira (14).

            A promotora María Hillman disse que a mulher e a motorista do carro estão sendo investigadas por lesões causadas e confirmou que o Juizado de Família da cidade de Cosquín (Córdoba) decidiu entregar a guarda da menor, que sofreu ferimentos, aos avós paternos.


         
         O comportamento da mãe, identificada como Analía González, "é de uma grande negligência e deve ser enquadrado. Foi um acidente incompreensível por uma negligência incompreensível", disse Hillman à imprensa.

O caso aconteceu na terça-feira, quando uma das portas traseiras do veículo abriu e  a menina caiu no asfalto, sem que a mãe e sua amiga percebessem.



AGORA ATENÇÃO!!!

A ausência da criança só foi notada quando chegaram à cidade de Huerta Grande, a 20 km de Cosquín, local da partida.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Americano que escreveu guia para pedófilos é condenado

Phillip Ray Greaves é autor de "O guia do pedófilo para o amor e o prazer: um código de conduta para o amante da criança"



DA BBC BRASIL


Um americano que escreveu um polêmico guia para pedófilos foi condenado a dois anos de prisão, mas vai poder cumprir a pena em liberdade.

Phillip Ray Greaves 2º, autor do livro "The Pedophile's Guide to Love and Pleasure: a Child-lover's Code of Conduct" (Em tradução livre, "O Guia de Pedófilos para o Amor e o Sexo: Um Código de Conduta para Amantes de Crianças"), não contestou a acusação de distribuir material obsceno mostrando menores perante um tribunal da Flórida.

Greaves vai poder voltar para sua casa no Colorado e não vai precisar se registrar na lista de agressores sexuais do país, já que não foi acusado de molestar menores. Ele terá, no entanto, de pagar todos os custos da investigação e do julgamento.


Greaves foi preso depois de vender uma cópia de sua publicação a agentes da Flórida que se passaram por compradores, já que as leis do Estado do Colorado não enquadravam a publicação como crime.

AMAZON

O livro de Greaves argumenta que os pedófilos são mal compreendidos e oferece conselhos para que eles se comportem dentro da lei.

Depois de deixar o tribunal na Flórida, o autor --que alegou estar recebendo tratamento para transtorno bipolar-- disse à televisão local que estava "tentando ser objetivo, tentando ajudar pessoas que todo mundo odeia".

Segundo relatos da mídia, Greaves diz no livro ter o objetivo de estabelecer regras de conduta para que "esses encontros sejam os mais seguros possíveis para jovens que se encontrem nessas situações".

Uma versão eletrônica da publicação chegou a ser comercializada pelo site Amazon, gerando uma enorme polêmica.

Depois de críticas e ameaças de boicote, a versão do livro para Kindle, um leitor de e-books, foi retirada do catálogo da empresa.

domingo, 3 de abril de 2011

Brasil ocupa terceiro lugar em casos de pedofilia

Lamentavelmente tenho que divulgar esta notícia, sabendo que em 2010 o Brasil ocupava a quarta colocação no ranking dos que mais consomem esse tipo de material pornográfico.
Não sei onde vai parar esta situação criminossa em nosso país, o que sei é que infelizmente há muito o que fazer por parte das autoridades em nosso Brasil.
Ed
Apesar do aumento do número de registros, condenações são raras; demora na entrega de laudos e morosidade da Justiça agravam o problema

O número de casos de pedofilia pela rede cresce sem parar no Brasil. O País ocupa a terceira posição no ranking dos que mais consomem esse tipo de material pornográfico, atrás apenas dos Estados Unidos e Alemanha, respectivamente.

Apesar do crescimento do número de casos, as condenações referentes à distribuição de material de pedofilia ainda são poucas. Segundo o delegado da Polícia Federal Jessé Coelho, a maior dificuldade é comprovar a transmissão de imagens pornográficas de um computador para outro.

“A lei mudou há pouco tempo. Antes, ter material armazenado no computador não era crime, hoje é. Provar a distribuição dessas imagens é tecnicamente mais complicado”, explica.

O policial acredita que, por causa da mudança na lei, o número de condenações irá crescer nos próximos anos. “Estamos no caminho certo. Os provedores e portais estão colaborando, denunciam páginas com conteúdo inapropriado e a Justiça vem concedendo autorizações para a quebra de sigilo de forma rápida”, diz.

Advogados e delegados especializados explicam que a demora na entrega de laudos e a morosidade da Justiça contribuem para agravar o problema. O advogado Rony Vainzof, especializado em Direito Eletrônico e Digital, ressalta a necessidade de adequar as leis existentes às especificidades da rede mundial de computadores.

“Nós temos as ferramentas jurídicas, temos como investigar, conseguimos quebrar o sigilo de suspeitos com os provedores, o problema é a instauração do processo. Não temos muitos peritos capacitados”, opina.

Segundo Vainzof, o maior entrave é produzir provas em tempo hábil. Alguns laudos chegam a demorar meses para serem entregues.

O delegado Higor Vinicius Nogueira Jorge aponta o despreparo de profissionais para lidar com a nova modalidade de crime.

“Muitas vezes os integrantes do Judiciário, do Ministério Público e de órgãos da segurança pública não estão adequadamente preparados para lidar com a persecução de crimes eletrônicos. É reciso aprovar a lei sobre crimes de informática (Lei Azeredo) e investir na preparação dos profissionais que atuam com crimes cibernéticos”, pondera.

A ideia de que o cibercriminoso não tem rosto e, portanto, não será pego, provoca outro problema, a subnotificação dos casos. “Muitos deixam de procurar uma delegacia de polícia porque não acreditam que é possível descobrir a autoria de crimes cometidos na web. Acontece que é grande a possibilidade de ocorrer o esclarecimento desses crimes se a vítima fornecer o maior número possível de informações”, explica o delegado Jorge.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Crianças aliciadas por mulheres traficantes, distribui drogas em Porto Alegre(Brasil)

Especial para o UOL Notícias

Em Porto Alegre

A Polícia Civil gaúcha desbaratou nesta sexta-feira (1º ) duas quadrilhas de traficantes de drogas lideradas por mulheres que usavam crianças para distribuir crack na vila da Paz, em Cachoeirinha, região metropolitana de Porto Alegre. Duas crianças detidas pela polícia escondiam a droga e faziam as entregas de crack para as líderes do bando.

As crianças, de seis e 13 anos, estavam numa das casas usadas como base das operações das quadrilhas. Um bebê de 15 dias também estava no local. No total, foram detidas quatro mulheres na "Operação Vizinhança". Elas eram apontadas pela polícia como as líderes do grupo.

Por meio de escutas telefônicas, a polícia descobriu que as traficantes dividiam a venda de drogas em dois turnos para evitar conflitos. Enquanto um grupo comercializava crack durante o dia, o outro fazia as entregas à noite.

Além disso, as mulheres mantinham um monitoramento constante das ações de repressão ao crime. Numa das conversas gravadas pela polícia, uma das traficantes orienta uma outra mulher a recolher toda a droga em um "mocó" [esconderijo].

Na conversa, ela mostra que está bem informada sobre as ações da polícia. "Caiu tudo ali em cima de manhã cedo. Recolhe a droga toda, todinha", diz a mulher. Em outro áudio, ela sonda um interlocutor sobre a possibilidade de contratar alguém para "mandar um louco que está incomodando para o outro lado do mundo".

Mãe do bebê trafica do hospital

Segundo o titular da 1a Delegacia de Polícia, Augusto Cavalheiro, mais adolescentes estão envolvidos com as quadrilhas. Por meio de escutas, ele disse que a mãe do bebê encontrado na operação se comunicou do hospital com a quadrilha para orientar a venda.

"É chocante. Nem o nascimento do próprio filho a fez parar de traficar", disse o delegado. Segundo Cavalheiro, a mulher festejou o volume de vendas com uma parceira de crime. "Já vendi 50. É 'vapt-vupt', vai tudo", revelou uma gravação divulgada pela polícia.

As crianças apreendidas foram encaminhadas ao Conselho Tutelar de Cachoeirinha, enquanto o bebê ficará junto com a mãe no presídio feminino Madre Pelletier, em Porto Alegre. Além das quatro mulheres, mais quatro pessoas foram presas na operação.

Na semana passada, um adolescente já havia sido detido na vila da Paz com meio quilo de crack. O suposto fornecedor da droga para as quadrilhas, conhecido como Pedro Bomba, também foi preso pela manhã num sítio na cidade vizinha de Gravataí.

Além de Pedro Bomba, seis pessoas também foram presas em Gravataí numa operação batizada de Tele-entrega. Os traficantes, que tinham ligações com o bando da Cachoeirinha, vendiam drogas com motos e através de tele-táxi. O líder do grupo, conhecido como Gugu, foi preso.

No total das duas operações, 18 pessoas foram presas.