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ANDI - Agência de Notícias dos Direitos da Infância

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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Denúncia: Crianças Dalits valem MENOS QUE NADA na Índia

O Mundo real vai muito além da imaginação de qualquer escritor ou diretor de cinema e televisão.
Fatos como os narrados abaixo, não merecem apenas que gastemos nosso tempo discutindo sobre os problemas das crianças Dalits na Índia e sim que tomemos iniciativas reais de enfrentamento contra esta violência praticada contra as crianças naquele país.
Crianças que são obrigadas a se prostituir não só porque sua condição financeira é miserável, mas sim porque nasceram Dalits.
Frutos de uma sociedade cujos valores estão muito distantes de DEUS, ou seja, o AMOR.

Relato Marcante da Viagem Missionária do Pr. Joel Stevanatto da Igreja "O Brasil Para Cristo do Mandaqui(SP)" sobre as Crianças Dalits na Índia.


VIAGEM MISSIONÁRIA PARA A ÍNDIA – 17 a 25 de Novembro de 2009


Pastores Joel Stevanatto (MD), Julio Moromisato (OM), Evangelista Edson Teixeira (MD) e Irmã Jussara (Presbiteriana do Brasil-Machado-MG).

O propósito dessa viagem foi conhecimento e constatação das dificuldades do campo. Antes de darmos start ao processo de captação de recursos para a edificação da escola de resgate de crianças Dalits era preciso conhecer, in loco, a necessidade e firmar a parceria com a OM Índia.

Saímos do Brasil na terça feira (17) e, depois de uma escala de oito horas em Londres, chegamos à base da Om em Hyderabad, onde nos hospedamos as 3h30 da quinta feira (19). Aqui eram 10h30 da manhã devido ao fuso de 7h30. Estávamos muito cansados e preferimos dormir a almoçar. As 15h00 nos preparamos para conhecer a base da OM – um complexo com vários prédios onde é desenvolvido amplo trabalho evangelístico, cultural, assistencial – inclusive com uma escola de resgate. Mais tarde vou apresentar o complexo e suas múltiplas atividades. Jantamos as 18h30 (primeira refeição de verdade desde o almoço de terça feira – arroz, macarrão e frango). Saímos a noite na vila próxima da base para andar um pouco e por volta das 21h00 nos recolhemos em nossos quartos.

Nossos dias aqui são muito intensos e tudo é muito cansativo, pois se soma o desgaste com o fuso horário, a dificuldade com o idioma, a agitação da cidade muito populosa, movimentada e barulhenta. Nas ruas e avenidas convivem pessoas, motos, bicicletas, caminhões, ônibus e alguns animais numa terra sem lei no tráfego, quase não existem semáforos e todos andam na direção que quiserem e buzinam ao mesmo tempo. É um grande tumulto! Parece que a buzina é um costume e até mesmo nos caminhões esta escrito nos pára-choques “Por favor, buzine”. É uma forma de avisar ao motorista da frente e do lado que você está perto, o problema é que todos buzinam por tudo e ao mesmo tempo – vira um caos. Somado a isso a miséria e a pobreza são marcas visíveis por todo lado.

A Bíblia diz que “as pessoas tornam-se semelhantes aos deuses que elas adoram”, e mais do que nunca ou do que em qualquer lugar aqui é visível como o ser humano torna-se irracional tal como os animais que compõe o Leão de deuses adorados. Enquanto nós cristãos somos moldados a Cristo, o Senhor, os hindus moldam-se aos animais irracionais. Isso é claro na medida em que não existe lógica no comportamento social, na cultura das castas e na forma miserável como o ser humano é tratado por aqui. Aqui a vida humana é realmente insignificante!

Na sexta feira (20) usamos o dia para conhecer a estrutura de trabalho da OM Índia e tívemos várias reuniões para entender o funcionamento do processo de evangelização dos Dalits e do povo indiano. Aqui mais do que em qualquer lugar é necessário o evangelismo holístico, ou seja, olhar o homem como um todo. É preciso pregar o evangelho com o acompanhamento do resgate social, cultural e econômico do povo. Quando um hindu se converte ao cristianismo perde o respeito do restante da população começando pelos seus familiares e isso redunda na perda da condição social e econômica. Não é raro a conversão resultar em ser expulso da família e perder a herança ou qualquer vínculo com os pais e parentes. Isaque é o irmão Dalit que tem nos acompanhado por aqui, e passou pela experiência da discriminação em sua própria família. Ao se converter foi lançado para fora da família e impedido de ir mesmo ao enterro de seu pai, aliás, a última vez que esteve com ele foi quando contou que havia se convertido ao cristianismo, então recebeu a informação que não precisava mais voltar para casa.

Os Dalits são culturalmente discriminados e rebaixados a condição de assumirem as tarefas desprezíveis na sociedade indiana. Para diminuir a miséria imposta a esse povo é assegurado por lei a quantia de 20% das vagas de empregos públicos para os Dalits, mas quando um deles se converte passa a não possuir esse direito. Essa é uma das vertentes que gera opressão econômica e conduz ao serviço da escravidão aos homens que trabalham nos serviços mais desprezíveis como limpar latrinas (excrementos humanos) e as mulheres a venda do seu próprio corpo.

Pais escravizados economicamente geram a cultura aos filhos de continuidade da escravidão e isso é somado ao pensamento de destinação dada pelos deuses do hinduísmo de que as pessoas foram geradas dentro de certas castas e delas não podem sair. Visitamos no sábado (21) duas comunidades Dalits. Na primeira constatamos o inicio da estratégia maligna de opressão e aprisionamento de cinqüenta famílias que moram em dutos de esgoto fornecidos por uma empresa onde elas trabalham. São indianos vindos de outras partes do país com a oferta do emprego por valores miseráveis e a opção de morarem num terreno ao lado da companhia empregadora onde são colocados dutos de concretos que são improvisados como casas. Não lhes é permitido construírem suas casas nesse terreno. Essas famílias são agricultores que vem para esse lugar com o propósito de pagarem os empréstimos que fizeram com juros pesadíssimos para fazerem o cultivo da terra e como perderam tudo devido as condições climáticas ou outros fatores da economia indiana não possuem alternativas além de se venderem sujeitando-se a essa condição, e nunca conseguem pagar os referidos empréstimos. Os homens trabalham nesse regime (de escravidão) e as mulheres (tambem a troco de comida) para a limpeza das casas das famílias de castas superiores. Isso faz com que as crianças fiquem o dia inteiro dentro desses tubos de concretos e na vila improvisada como moradia para os dalits e não possuem nenhuma perspectiva senão darem seqüência a essa sina imposta pelos deuses. Nesse ponto entra em cena o golpe mais duro aplicado pelos braços malignos: As crianças são vendidas pelos seus pais para a escravidão (meninos na escravidão braçal e meninas sexualmente). Também é aqui que entramos com a construção de escolas de resgate de crianças, pois oferecemos as famílias a possibilidade de resgatar essas crianças e conduzí-las para a escola onde são socializadas, instruídas e evangelizadas gerando perspectivas novas para o futuro e uma mudança nas próximas gerações.

Depois de visitarmos essa comunidade fomos para outra onde a influencia desse projeto de resgate já mostra resultados. Ali a condição dos Dalits é a mesma e os homens trabalham numa pedreira próxima do terreno onde a OM Índia comprou um terreno e construiu casas para moradia dos Dalits. Percebemos crianças que sorriem com mais expressão e muitas mães juntas aos seus filhos. É indescritível narrar a diferença que presenciamos no semblante das pessoas e no clima espiritual entre a comunidade Dalit que está num inicio de processo de resgate e a outra onde esse processo está mais adiantado.

Ficamos hospedados no Campus da OM – uma imensa área (sete acres) onde funcionam os sete ministérios básicos do projeto de resgate: Igreja, Seminário Teológico, Clinica Médica, Escola, Pequenos Negócios, Om Publicações e Administração. Aqui nesse Campus temos tido um contato visual e físico com as crianças Dalits resgatadas e que estudam na escola aqui estruturada. As crianças só podem vir para a escola depois de três anos, e aqui encontramos os irmãos daquelas crianças com menos de três anos que moram nos tubos. Tambem convivemos com os alunos Dalits no seminário teológico e pudemos perceber o sucesso do processo de resgate. Imagine três degraus sendo que o inferior esta mais próxima do inferno e o superior do céu: as crianças até três anos de idade morando nos tubos sem seus pais por perto e tendo como destino a comercialização de seus corpos e vidas para aescravidao é o degrau próximo do inferno. Seus irmãos resgatados e colocados na escola gerando perspectivas e em muitos casos conversão é o segundo degrau. Depois de passarem pela escola de resgate esses jovens podem se graduar e se tornarem profissionais nas diversas áreas, e muitos deles ministros do Evangelho (nos últimos sete anos foram plantadas 2800 igrejas Dalis na índia com o serviço ministerial de pastores e obreiros Dalits) passam a representar o paraíso, e a destruição dos planos de Satanás.

No sábado (21) e domingo (22) participamos de algumas reuniões com líderes das igrejas e da OM onde conhecemos o trabalho desenvolvido nesse país. Também participamos de cultos e de um concerto musical oferecido por um pastor americano que está aqui na Índia gravando um CD com os Dalits. Desse conserto nasceu a situação de inserirmos uma ou duas musicas preparadas por esse pastor com os Dalits e com a participação deles num idioma local no CD que estamos gravando no Brasil cuja distribuição terá o seu valor revertido para o Projeto junto aos Dalits. No sábado a noite jantamos com o Pr. Joseph de Souza e alguns líderes locais onde conversamos sobre o projeto de maneira informal, tendo sido marcada a reunião oficial para definição do projeto para esta segunda (23) a tarde, pois pela manhã vamos visitar escolas de resgate de crianças Dalits, atualmente elas já somam o número de 90 espalhadas pela índia, principalmente na região norte onde a concentração de igrejas é menor, pois os missionários chegam pelo litoral e se concentram no sul da índia, na região costeira. O grande desafio na evangelização desse país é a região norte onde o hinduísmo está muito arraigado e, conseqüentemente, a miséria e pobreza social, econômica e espiritual se prolifera.

No domingo pela manhã preguei numa igreja “Bom pastor” em um vilarejo chamado Kandlakóya e a mensagem foi traduzida do português para o inglês e desse para o Telugo, língua oficial do povo. Foi uma experiência muito interessante falar com aquela igreja. Havia umas 60 pessoas no culto e todos sentados no chão, homens de um lado e mulheres do outro. Foi maravilhoso vê-los louvando ao Senhor na língua deles! A resposta da igreja quanto a mensagem foi muito boa. O povo aqui é humilde, hospitaleiro, amável e muito, mas muito carente. Realmente são os “esmagados” (definição do termo Dalit).

Nesta segunda feira (23) tivemos um dia muito produtivo. Pela manhã visitamos uma escola Dalit em funcionamento e no processo de construção. No total visitamos 04 escolas em funcionamento, algumas em locais alugados (2) aguardando recursos para a construção do prédio oficial e outras já em prédios construídos (2). A tarde nos reunimos com o Pr. Joseph para os detalhes da construção e a noite jantamos na casa de uma família Dalit aqui da igreja.

Vamos cooperar na construção de uma escola de resgate de crianças Dalits na Região norte do País, onde 120 crianças atuam em lugar improvisado. A nossa escola comportará de 300 a 400 crianças.

Uma das escolas que visitamos fica num município chamado Ramayanpety a cerca de 30 kilometros do Campus da OM. Ela funciona numa casa alugada e tem cerca de 120 crianças. Há alguns metros dali está sendo construída a escola que vai abrigar essas e outras crianças que serão resgatadas. As crianças prepararam uma apresentação especial que foi muito linda. É maravilhoso ver aquelas crianças, filhas de pais Dalits, sendo socializadas, evangelizadas e libertas. Falaram versículos bíblicos, cantaram louvores e são muito amigáveis. Abraçavam-nos em todo tempo e eram loucas pelas fotos. Também os professores nos preparam um pequeno lanche e ali ficamos um bom tempo, na verdade a vontade era não ir mais embora.

Busquei o máximo de objetividade na reunião que tivemos com o Pr. Joseph no período da tarde, até em inglês conversei com ele e com os demais, e o mais incrível é que eles disseram que me entenderam! Fechamos praticamente todos os detalhes para construção da nossa escola e já adiantamos a forma de trabalhar no resgate das crianças. A OM Índia se propôs a comprar o terreno em dois meses e a traduzir o site para o português e nós mesmos vamos gerenciá-lo a partir do Brasil gerando a possibilidade das pessoas adotarem as crianças via internet. Foi muito bom.

A nossa noite foi especial. Fomos recebidos por uma família Dalit, cujo pai quando se converteu foi expulso de sua casa pelos seus pais hindus. Ele foi recolhido pela OM, tornou-se engenheiro civil e foi (é) responsável por todas as construções das escolas e complexos da Om, inclusive do Campus onde estamos hospedados. Ele define o terreno, a documentação e o projeto de construção das escolas. Foi uma experiência marcante abandonar os talheres e comer arroz, batata, frango e mais algumas coisas que não sei explicar o que com as mãos. Também o clima de paz e da presença do Senhor foi uma marca especial ali. Cantamos louvores em português, inglês, Caciques, e ouvimos os irmãos falarem em russo e cazaque. Havia conosco outra família que trabalha no Cazaquistão. Ele é Indiano e ela Cazaques. Atualmente sofrem perseguição naquele País e correm o risco de terem de abandonar o campo – precisam das nossas orações.

A terça feira foi o nosso último dia na Índia e a usamos para conhecer escolas e um pouco da cidade de Hiderabady. Na madrugada de quarta feira (3:30 hrs) nos dirigimos para o aeroporto em Hiderabady para 43 horas depois (contando conexão em Londres, espera nos aeroportos e translados) desembarcarmos em Guarulhos-SP. Fiquei 45 horas “no ar” (acordado) e agora penso em descansar algumas horas antes de começar a trabalhar na mobilização para resgate de crianças Dalits, pois quando resgatamos crianças transformamos gerações.

                                   Crianças Dalits resgatada pela igreja evangélica.
                                   Estas foram salvas da escravidão e prostituição.


Famílias morando em manílias de esgoto

Crianças Dalits em sala de aula da escola da igreja Evangélica


Criança sozinha em barraco enquanto sua mãe trabalha em regime de escravidão.
É provável que esta criança seja vendida para ser explorada sexualmente, como acontece com a maioria das crianças Dalits na Índia.


"Pai perdoai, pois eles não sabem o que fazem" - Jesus de Nazaré



      Ed

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Brasil perde Neide Castanha, e as crianças uma defensora

Fico feliz em saber que esta mulher, guerreira, começou seu trabalho na Praça da Sé.

Esta praça realmente nos ensinou muito sobre a indiferença, violências e maus tratos rebebidos pelas nossas crianças no Brasil.
Escrevo isso porque há aproximadamente 25 anos, ainda jovem com boa vontade, conheci muitas crianças na Sé, as quais eram chamadas de "trombadinhas".
Foi lá dei meus primeiros passos para realizar um trabalho de acolhimento numa chácara no Jardim Ângela em Santo Amaro.
Todos os que conhecem esta praça sabem que ela é uma escola a céu aberto, ensinando a sobrevivência através do crime e tráfico de drogas em meio à indiferença dos governos.
Temos sim leis de proteção, mas não temos meios de cumpri-las, pois onde faltam recursos,não falta boa vontade por parte de pessoas como Neide.
E Neide Castanha foi assim, uma mulher de real valor e boa vontade.
Que Deus a abençoe e a tenha em Sua casa.

Ed

Reportagem, Suely Frota

Crianças e adolescentes de todo o Brasil perderam uma mãe na noite desta terça-feira. Depois de dois meses de uma luta contra um câncer e um dia após se internar no Hospital Santa Lúcia, faleceu, por volta das 22h30, em Brasília, Neide Castanha, mineira e militante a favor dos direitos humanos e sociais de crianças e adolescentes.

Foi muito rápido, de manhã: amigos e familiares preocupados com a internação, à noite, recebem a notícia. Neide estava fraca, mas todos acreditavam na recuperação. Neide não resistiu e se foi deixando saudades para família, amigos e principalmente aos milhares de crianças, adolescentes e jovens para quem dedicou toda a vida.

Formada como assistente social pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, especialista em políticas públicas e direitos da criança e do adolescente, Neide ficou a frente do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes desde 2004, permanecendo até quando a doença a venceu.
“As crianças não têm dono, são patrimônio do País”, Neide Castanha
Na sua trajetória, grandes conquistas. Entre elas, a mobilização nacional para aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), a luta em defesa dos adolescentes privados de liberdade, e a capacidade de organizar lideranças de vários países para a realização do III Congresso Mundial de Enfrentamento à Violência Sexual, no Rio de Janeiro, em 2008.

Neide foi também uma das principais responsáveis pelo desenvolvimento da metodologia de uma importante ferramenta para o combate a violência infanto-juvenil, o Disque Denúncia -100, para notificação de casos de violação dos direitos sexuais de crianças e adolescentes.

Uma das primeiras reportagens que fiz, ainda na faculdade, foi justamente por ocasião da mobilização do 18 de maio, Dia Nacional do Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, na Esplanada dos Ministérios, em 2006. Lá estava ela, orgulhosa com a grande mobilização de meninos e meninas que subiram na rampa do Congresso Nacional para entregar o abaixo assinado com cinco mil assinaturas, que reivindicava uma maior proteção as vítimas e uma consequente punição àqueles que violentam sexualmente a população infanto-juvenil do país. “Esquecer é permitir, lembrar é combater!”

Por seu relevante trabalho, Neide recebeu premiações e homenagens, como o “Prêmio Claudia 2009” e o “Prêmio Mulher Cidadã Bertha Lutz”, ambos pelo amplo trabalho realizado a favor dos direitos de crianças e adolescentes.

Para amigos, familiares e militantes da área dos direitos humanos, os prêmios reconhecem a trajetória de ousadia de Neide Castanha. “Nossas crianças e adolescentes perdem uma grande aliada, as instituições que trabalham na área da violência sexual uma profissional comprometida com essa causa e o Brasil uma de suas maiores especialistas na área”, conta a amiga e socióloga Graça Gadelha.

Neide Castanha foi uma mulher que sempre aceitou desafios e enfrentou barreiras. Nesta terça-feira, ela encerrou uma missão iniciada na Praça da Sé, em São Paulo , durante os trabalhos da faculdade, onde começou a olhar e lutar por crianças e adolescentes carentes, famintos, violentados, necessitados –, maioria ainda invisível aos olhos de brasileiros e governantes.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Volta às aulas: Como você transporta seus filhos?

Um estudo realizado em 2007, pelo Departamento de Trânsito do Paraná (DETRAN-PR) revelou que em torno de 82% das crianças são transportadas de forma inadequada nos veículos. Os pais ainda acreditam que, simplesmente, sentar a criança no banco de trás ou colocá-la no colo de um adulto é suficiente para protegê-la. Porém, estudos de especialistas afirmam que, numa colisão, mesmo em velocidades baixas como 50 Km/h, a criança pode ser arremessada para fora do carro, contra o párabrisa ou mesmo contra um dos ocupantes do veículo. Todas estas consequências podem causar a morte da criança.


Sabendo de tudo isso, vale a pena relembrar a maneira correta e segura de transportar as crianças:

• De zero até um ano de idade, ou peso até 13 Kg, transportar em bebê conforto;


• Até quatro anos de idade, com peso entre 9 e 18 Kg, transportar na cadeira de segurança;


• Aproximadamente de 4 a 10 anos de idade, com peso de 18 até 36 Kg, transportar no assento de elevação (Booster).


• Com aproximadamente 10 anos de idade, acima de 36 Kg e, no mínimo 1,45 m de altura, a criança deve usar cinto de segurança de três pontos.

Você já coloca estas informações em prática no seu dia-a-dia com seus filhos? Se ainda não, lembre-se que nunca é tarde para começar. O cuidado com as crianças no trânsito precisa ser realmente levado a sério!
No site www.criancasegura.org.br você encontra as informações sobre o modo mais seguro de transportar crianças em veículos automotores.
http://www.criancasegura.org.br/

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

O Planeta precisa de uma nova mentalidade de governo

Como podemos ficar passíveis diante de tamanha crueldade imposta as crianças?


Será que, no fundo, concordamos com tudo isso?

A omissão leva os povos à escravidão daqueles que já perderam a DEUS conscientemente.


http://www.youtube.com/watch?v=qPRmvBQpV9c&feature=player_embedded#

Ed

Meninas de 14 anos vivem da Prostituição! Não há outro meio de sobrevivência? Isso precisa mudar. Tenha uma nova mentalidade de governo!

As mulheres da minoria Badi no Nepal estão condenadas a trabalhar com sexo por gerações. O estigma e o rígido sistema de casta impediram essas pessoas de saírem da ilegalidade.

http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/?hashId=nepal-com-14-anos-prostituta-ganha-us-2-por-cliente-0402983466DCC10326&mediaId=1087341

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Lei determina busca imediata de crianças e adolescentes desaparecidos: Lei 11.259

06 de janeiro de 2006

Na última segunda-feira (2), foi publicada no Diário Oficial da União a Lei 11.259, que determinada a investigação imediata do desaparecimento de crianças e adolescentes após a notificação aos órgãos competentes. Pela nova lei, sancionada pelo presidente Lula em 30 de dezembro, os órgãos de segurança competentes deverão comunicar o fato imediatamente a portos, aeroportos, Polícia Rodoviária e companhias de transporte interestaduais e internacionais.

Irene Lôbo

Repórter da Agência Brasil

Brasília – Hellen Uchoa Moraes, 10 anos, saiu de casa em 15 de maio do ano passado, pedalando sua bicicleta verde, para ir ao Hospital Regional de Luziânia, em Goiás. Ela não chegou ao seu destino e é hoje uma das crianças desaparecidas que integram a Rede Nacional de Identificação e Localização de Crianças e Adolescentes Desaparecidos (ReDESAP), ligada à Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH). Na época do desaparecimento de Hellen, seus pais só puderam dar queixa na polícia 48 horas após o sumiço. Hoje, a situação não seria a mesma.

Na última segunda-feira (2), foi publicada no Diário Oficial da União a Lei 11.259, que determinada a investigação imediata do desaparecimento de crianças e adolescentes após a notificação aos órgãos competentes. Pela nova lei, sancionada pelo presidente Lula em 30 de dezembro, os órgãos de segurança competentes deverão comunicar o fato imediatamente a portos, aeroportos, Polícia Rodoviária e companhias de transporte interestaduais e internacionais.

"Um tempo perdido de 24 horas quase sempre é irreversível. Já está mais do que provado por dados estatísticos de que a grande maioria dos óbitos acontece nas primeiras cinco horas do desaparecimento", afirma o secretário adjunto dos Direitos Humanos, Mario Mamede.

Para a coordenadora do Serviço Integrado de Atenção ao Desaparecimento de Crianças e Adolescentes (Secriad), Sônia Prado, a nova lei fará com que a polícia atue de forma mais eficaz. "A gente sabe que o desaparecimento é uma situação bastante complexa. Uma ação imediata garante uma possível localização e prevenção de uma situação mais grave, como tráfico e exploração sexual de crianças e adolescentes", explica.

De 2000 até hoje a SEDH cadastrou o desaparecimento de 754 crianças e adolescentes. Destas, 407 foram encontradas e 347 continuam desaparecidas. Mas o número de crianças desaparecidas pode ser ainda maior. A estimativa da secretaria é que aproximadamente 40 mil ocorrências de desaparecimento de crianças e adolescentes sejam registradas anualmente nas delegacias de polícia de todo o país, 25% apenas no estado de São Paulo. A maioria dos casos é solucionada nas primeiras 48 horas, mas entre 10% e 15% permanecem desaparecidos por longos períodos ou nunca são encontrados.

Sé de Rosa: "Um Ato em Favor das Pessoas Desaparecidas"

02/03/2009


Ato em SP relembra pessoas desaparecidas e

ilumina catedral da Sé de rosa


Um ato para chamar a atenção da população para as pessoas desaparecidas foi realizado no fim da tarde desta segunda-feira (2) em frente à catedral da Sé, região central de São Paulo (SP).

Homens jogam capoeira em frente à catedral da Sé, que recebeu uma iluminação cor de rosa em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres, comemorado no dia 8 de março, e para relembrar as pessoas desaparecidas

Organizado pela Associação Brasileira de Busca e Defesa a Crianças Desaparecidas/Mães da Sé, Movimento Mulheres de Verdade e Associação Paulista de Medicina (APM), o ato contou com a participação de cerca de mil pessoas, entre elas mais de 100 mães de desaparecidos.

A partir de hoje, luzes cor de rosa iluminarão a fachada da catedral para sensibilizar a sociedade para a questão dos desaparecidos e para homenagear as mulheres, que comemoram o Dia Internacional da Mulher em 8 de março.

Integrou o ato uma missa em homenagem a todas as mulheres que tiveram seus filhos desparecidos e uma apresentação do Coral Vozes da Catedral de São Paulo e São Gonçalo.

Segundo Ivanise Esperidião da Silva, presidente da Associação Brasileira de Busca e Defesa a Crianças Desaparecidas/Mães da Sé, "a Lei Federal 11.259 obriga a investigação imediata quando uma pessoa desaparece. Essa lei, no entanto, não é respeitada no Brasil".

Só na cidade de São Paulo, cerca de 1.500 pessoas desapareceram em 2009. Silva, cujo filho despareceu há 13 anos, diz que "não existe um cadastro nacional de pessoas desaparecidas, nem um trabalho de rede para localizar os desaparecidos. Se houvesse, esse índice seria menor".

Para o presidente da APM, Jorge Carlos Machado Curi, o objetivo do ato é conseguir uma mobilização concreta da sociedade para a questão dos desaparecidos. "É necessário uma ação solidária e continuada para combater essa situação", afirma.

FONTE --> UOL NOTÍCIAS - 02/03/2008

Milhares de Orfãos no Haiti

19/01/2010 - 19h00


Depois do terremoto, Haiti tem de lidar com seus milhares de órfãos

Do UOL Notícias*

Em São Paulo
Um bebê de 5 meses que está internado em um hospital israelense em Porto Príncipe tem um número em vez de um nome. Nenhum integrante da equipe de resgate sabe quem deixou a criança no centro médico improvisado depois de retirá-la dos escombros de um prédio, quatro dias depois do terremoto que devastou a capital haitiana.
Agora os médicos têm uma decisão difícil pela frente. "O que vamos fazer com ele quando o tratamento terminar?", disse o doutor Assa Amit, do departamento pediátrico de emergência do hospital israelense. Ninguém sabe quem é a família do menino e se seus pais estão vivos.
Segundo dados de grupos internacionais de ajuda, assim como este bebê, dezenas de milhares de crianças ficaram órfãs depois do terremoto em Porto Príncipe. São tantas, que os especialistas nem arriscam falar em números. "Com tantos edifícios destruídos e o crescimento constante da violência, é certo que muitas crianças estão sozinhas nas ruas", disse Elizabeth Rodgers, do grupo britânico SOS Criança.

Nesta terça-feira, entretanto, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou que os órfãos devem ser adotados no exterior apenas como último recurso. O Unicef está tentando identificar e registrar crianças que vagam desacompanhadas pelas ruas caóticas da capital.
A porta-voz do Unicef, Veronique Taveau, afirmou que a agência teme a ocorrência de tráfico de crianças. "A posição do Unicef sempre foi a de que, qualquer que seja a situação humanitária, a reunificação familiar deve ser favorecida", disse Taveau numa entrevista coletiva.
"Se os pais morreram ou estão desaparecidos, devem ser feitos esforços para reunir a criança ao restante de sua família, incluindo avós", afirmou ela. Uma criança deve "permanecer, na medida do possível, no seu país de nascimento. O último recurso é a adoção inter-países", disse.
Mesmo antes do terremoto de 7 graus na escala Richter que atingiu o país há uma semana, o Haiti contabilizava 380 mil crianças morando em orfanatos ou lares comunitários e 48% da população do país tinha menos de 18 anos, segundo informações da Unicef.
Muitas crianças haitianas perderam os pais em catástrofes anteriores ao terremoto, como nas tempestades que mataram 800 pessoas em 2008 ou nas inundações que castigam o país todos os anos desde 2000. Outras foram abandonadas em meio à longa disputa política que levou milhares de pessoas a pedirem asilo nos EUA, deixando as crianças para trás.

Os Estados Unidos recebem 53 órfãos na cidade de Pittsburgh (Pensilvânia), com adoções prestes a serem concluídas antes do terremoto

domingo, 17 de janeiro de 2010

Zilda Arns Recebe o Verdadeiro Prêmio: A Paz

Agora a Dra. Zilda está em plena paz, pois sua missão foi cumprida aqui na Terra.

Quem pode vencer o mundo?
Somente aquele que crê que Jesus é o Filho de Deus."
(1 João 5:5) NTLH

A Dra. Zilda não era uma daquelas mulheres que ficava atrás de uma mesa dando ordens aos seus seguidores.
Sua missão fez sucesso porque ela estava sempre na linha de frente, junto com seus milhares de voluntários, com as mãos no arado, semeando no campo a semente do amor, para colher o fruto da vida.
Ela morreu no campo missionário como um soldado que não teme os desafios, pois confia no seu DEUS.
Sua obra alcançou resultados maravilhosos, pois muitas vidas foram salvas através de ações conjuntas com a sociedade.
Muitas mulheres pobres aprenderam como cuidar de seus filhos, através de medidas simples de combate a mortalidade infantil, a desnutrição e a violência em seu contexto familiar e comunitário.

Médica pediatra e sanitarista, fundadora e coordenadora nacional da Pastoral da Criança, Organismo de Ação Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.
Nasceu no dia 25 de agosto de 1934, em Forquilhinha, Estado de Santa Catarina, Sul do Brasil.

Dra. Zilda entendeu que a educação revelou-se a melhor forma de combater a maior parte das doenças de fácil prevenção e a marginalidade das crianças.
Desenvolveu uma metodologia própria de multiplicação do conhecimento e da solidariedade entre as famílias mais pobres.
Seu lema foi: "É preciso ajudar as pessoas a ter dignidade".

Quando recrutava voluntários dizia: "Vocês dêem de comer; vacinem as crianças; ensinem as mães a usar o soro; ensinem-nas a ler, não esperem que o governo o faça".

Zilda ainda precisa ganhar o prêmio Nobel da Paz, não porque deseja reconhecimento ou status, mas porque verdadeiramente fez um trabalho importantíssimo para salvar vidas tão preciosas.
Não porque era uma pessoa ligada a política e suas artimanhas através de relatórios duvidosos e sim porque arregaçava as mangas e ia a luta pessoalmente, no corpo a corpo.
Zilda não era falsa e sim uma pessoa simples que aprendeu que o amor ao próximo é a melhor lição que podia aprender de DEUS, pois O amava incondicionalmente.
Dele recebia forças para suportar as críticas vinda de pessoas que gostavam de frequentar rodas de conversas sem nenhum objetivo prático.

Ela dizia: "Meu pai havia me ensinado que a melhor resposta às críticas é o silêncio".

Zilda promovia as verdadeiras rodas de conversa que resultavam em ações fundamentais para o bem estar da população.
Atualmente, conta com milhares de voluntários. O financiamento da instituição cabe em 60% ao Ministério da Saúde, e o resto é suprido pela ONG Criança Esperança, da Unesco e do Grupo Globo.

Zilda quando viajava pelo país, e em seu livro "Depoimentos Brasileiros" conta várias anedotas.
Certa vez chegou a um lugar onde haviam reunido as mães jovens a quem devia dar uma aula teórica sobre nutrição.

Depois observou, vendo as idas e vindas ao banheiro, que muitas delas estavam com diarréia. "Levantem a mão as que têm diarréia", disse-lhes. "Agora as que têm muita diarréia." Eram quase todas. "Esqueci a conferência e comecei a dar soro a todas elas", conta.

Ela não foi eleita para ocupar cargos de decisão em nenhum país, como muitos são e não fazem nada efetivamente, suas decisões não passam de areia jogada ao vento.
Quando deixam seus governos, sua acões desaparecem de modo que ninguém saiba para onde foram, levando consigo uma soma incontável de dinheiro.
Zilda precisa dos recursos do prêmio, para continuar trabalhando no campo através de seus milhares de seguidores que entenderam sua visão missionária.
Zilda, como pessoa, não precisa mais de nada pois agora tem tudo ao lado Daquele que fez promessas e cumpriu cada uma delas.
Prometeu paz eterna, uma mansão celestial e para sempre habitar junto do seu SENHOR, Salvador e Mestre, Jesus Cristo.

Toda a Honra e Glória ao SENHOR DEUS TODO PODEROSO, pois tem nos dado ao longo da história, pessoas assim.
Acredito que a Dra. Zilda gostaria de ser lembrada como mais um integrante das verdadeiras fileiras de soldados anônimos do exército da Paz de DEUS.
Dra. Zilda foi assim...

As crianças salvas agradecem seus esforços conjuntamente com seus seguidores.

"Mas você, homem de Deus, fuja de tudo isso. Viva uma vida correta, de dedicação a Deus, de fé, de amor, de perseverança e de respeito pelos outros. Corra a boa corrida da fé e ganhe a vida eterna. Pois foi para essa vida que Deus o chamou quando você deu o seu belo testemunho de fé na presença de muitas testemunhas. Agora, diante de Deus, que dá vida a todas as criaturas, e diante de Cristo Jesus, que deu o seu belo testemunho de fé em frente de Pôncio Pilatos, eu ordeno a você o seguinte: Cumpra a sua missão com fidelidade, para que ninguém possa culpá-lo de nada, e continue assim até o dia em que o nosso Senhor Jesus Cristo aparecer."


(1 Timóteo 6:11-14) NTLH


As ações devem continuar e cada um faça sua parte e não esperem o governo para isso..., pois estão, ainda, muito longe de uma mentalidade deferenciada para governar uma nação democratica.

Zilda

Agradecimentos: Blog Exclusão ( http://www.exclusao.blogspot.com/ )

Ed

sábado, 16 de janeiro de 2010

Menino de 3 anos é achado só na rua de madrugada

A criança teria dito à GM que saiu da casa onde reside para procurar a mãe, que, segundo ela, estava em um bar

16/01/2010 - 18h16 . Atualizada em 16/01/2010 - 18h26

Thaís Nucci

Rede Anhanguera de Comunicação

Um menino de apenas 3 anos foi encontrado pela Guarda Municipal (GM), nesta madrugada (16/01), andando sozinho na Rua Sena de Paranapiacaba, no Jardim São Fernando, em Campinas. O caso aconteceu por volta das 4h30, quando uma viatura da GM fazia o patrulhamento de rotina pelo local.
De acordo com informações do boletim de ocorrência, a criança mora junto com a família em uma casa de fundos na Rua Serra do Navio, no mesmo bairro. A criança teria dito à GM que saiu da casa onde reside para procurar a mãe, que, segundo ela, estaria em um bar. O menino também contou ao guarda que atendeu a ocorrência que encostou uma cadeira na janela, pulou para a frente da casa e ainda pulou o muro frontal da residência, que é cercada por uma grade com lanças.

A GM foi até a casa da família, buzinou, tocou a campainha, ligou a sirene da viatura, mas não encontrou ninguém no local. Eles deixaram um recado com uma vizinha, dizendo que iriam até o 5º Distrito Policial, no Jardim Amazonas, fazer o registro da ocorrência. Quando já estavam na delegacia com o menino, a mãe da criança apareceu no local. Ela disse à polícia que estava dormindo e não escutou o chamado na porta de casa. Segundo a GM, a moça aparentava estar embriagada. Já o pai, que trabalha no período da noite, não compareceu no local.

Indico este livro: OS SETE SENTIMENTOS CAPITAIS - EXPLORAÇÃO SEXUAL COMERCIAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Reedição


O mapa da exploração sexual
Thiago Barros
thiagobarros@opovo.com.br
Especial para O POVO
25 Nov 2009 - 00h23min

Prazer, nojo, culpa, preconceito, liberdade e autonomia, vaidade e medo. De acordo com o estudo da socióloga e antropóloga Glória Diógenes, que atualmente está à frente da Secretaria de Direitos Humanos de Fortaleza (SDH), são esses os sentimentos que compõem o misto de emoções envolvidos com o ato de fazer programa, ao menos no que diz respeito a menores de idade. Fruto de pesquisa da autora na área que remonta ao ano de 1998, o livro Os Sete Sentimentos Capitais & Exploração Sexual Comercial de Crianças e Adolescentes, publicado originalmente em agosto de 2008, terá sua segunda edição lançada hoje a partir das 19 horas, no Mercado dos Pinhões. A primeira edição não foi vendida, tendo sido distribuída gratuitamente entre entidades e órgãos do poder público.

No livro, constam 11 textos organizados por Glória que desvendam detalhes das redes de exploração sexual de crianças e adolescentes em Fortaleza. A publicação é resultado de um árduo e meticuloso trabalho de campo realizado entre março e agosto de 2007 por educadores e pesquisadores da Fundação da Criança e da Família Cidadã (Funci), que visitaram dez locais de maior incidência da exploração sexual de crianças e adolescentes na cidade e traçaram um perfil da atividade, através do mapeamento das redes de exploração, a fim de melhorar e nortear as políticas públicas voltadas para a área. Além da própria secretária, que, à época, ocupava a presidência da Funci, mais seis pesquisadores assinam os capítulos da obra.

Além das visitas aos locais em que a prática da prostituição de crianças e adolescentes é verificada e dos levantamentos estatísticos, o aspecto diferenciador do livro é o registro dos aludidos ``sentimentos capitais`` de 328 crianças e adolescentes envolvidos nas redes de exploração. Essas falas, cotidianamente silenciadas e marginalizadas, ganham voz através dos testemunhos presentes no livro e ainda por meio da própria visão dos educadores, que não se furtam a contar, em detalhes, suas próprias percepções de pessoas, locais e atitudes vivenciadas.

Segundo Glória, a metodologia utilizada envolveu questionários, entrevistas aprofundadas, grupos focais e diários de campo. Tudo com o intuito de compreender melhor a dinâmica do problema. ``Esse estudo veio da necessidade de entender a exploração não só do ponto de vista das dimensões estatísticas, como, por exemplo, com que idade os jovens estão tendo suas primeiras relações sexuais e quantos fazem programa. Buscamos também perceber diferenças na forma como o fenômeno acontece em cada local da cidade``, explica a responsável pela SDH. Para ela, o modo de agir das redes de exploração é bastante diverso em zonas como a Praia do Futuro, as BRs, e as imediações da avenida Beira-Mar.

Acerca dos motivos pelos quais a questão da prostituição infantil tem alcançado tanta repercussão, a socióloga reluta em identificá-los apenas no plano econômico. ``Durante muito tempo, tudo era explicado por esse viés. Porque a menina é pobre, ela vai se prostituir. O que percebemos na pesquisa foi que a maioria nem tem um padrão de vida muito baixo não``, revela. As causas, portanto, derivariam de outros aspectos. ``Elas vêm de um ambiente de violência doméstica, de negligência familiar, coisas que as tornam retraídas. Por outro lado, na rua, elas enxergam um lugar de aceitação e a veem com fascínio``, explica Glória, para quem é justamente na análise desses sentimentos confusos de prazer, nojo, culpa, preconceito, liberdade e autonomia, vaidade e medo, assumidos por crianças e adolescentes em situação de risco diante do sexo, que está a chave para se entender o que cerca o mundo da exploração na cidade.

SERVIÇO

OS SETE SENTIMENTOS CAPITAIS - EXPLORAÇÃO SEXUAL COMERCIAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES - Reedição organizada pela socióloga Glória Diógenes. Edições Annablume, 263 páginas, R$ 25. Lançamento hoje no Mercado dos Pinhões (entre as ruas Nogueira Acioli e Gonçalves Ledo & Aldeota), a partir das 19 horas.

Fonte: O Povo

Presidencia da Republica Cria o Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos.

Presidência da República

Casa Civil

Subchefia para Assuntos Jurídicos


LEI Nº 12.127, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2009.


Cria o Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos.

O VICE–PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no exercício do cargo de PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1o Fica criado o Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos.

Art. 2o A União manterá, no âmbito do órgão competente do Poder Executivo, a base de dados do Cadastro Nacional de Crianças e Adolescentes Desaparecidos, a qual conterá as características físicas e dados pessoais de crianças e adolescentes cujo desaparecimento tenha sido registrado em órgão de segurança pública federal ou estadual.

Art. 3o Nos termos de convênio a ser firmado entre a União e os Estados e o Distrito Federal, serão definidos:

I - a forma de acesso às informações constantes da base de dados;

II - o processo de atualização e de validação dos dados inseridos na base de dados.

Art. 4o Os custos relativos ao desenvolvimento, instalação e manutenção da base de dados serão suportados por recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública.

Art. 5o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 17 de dezembro de 2009; 188o da Independência e 121o da República.

JOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA
Tarso Genro

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

UNICEF confirma: Cuba tem 0% de desnutrição infantil e até 5 de janeiro de 2010 o Haiti tinha 3,8 milhões de pessoas padecendo de fome.

5 de Janeiro de 2010 às 10h 38m 00s

Segundo a ONU, Cuba é o único país da América Latina e Caribe que eliminou a desnutrição infantil severa, graças aos esforços do governo para melhorar a alimentação da população, especialmente dos grupos mais vulneráveis. As duras realidades do mundo mostram que 852 milhões de pessoas padecem de fome e que 53 milhões delas vivem na América Latina. Só no México há 5,2 milhões de pessoas desnutridas. No Haiti, são 3,8 milhões, enquanto que, em todo o planeta, mais de cinco milhões de crianças morrem de fome todos os anos.

Cira Rodríguez César - Prensa Latina

A existência de cerca de 146 milhões de crianças menores de cinco anos abaixo do peso ideal no mundo em desenvolvimento contrasta com a realidade das crianças cubanas que estão livres desta enfermidade social. Essas preocupantes cifras apareceram em um recente relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), intitulado “Progresso para a Infância, um balanço sobre a nutrição”, divulgado na sede da ONU. Segundo o documento, os índices de crianças abaixo do peso são de 28% na África Subsaariana, 17% no Oriente Médio e África do Norte, 15% na Ásia Oriental e Pacífico, e 7% na América Latina e Caribe. Depois vem a Europa Central e do Leste, com 5%, e outros países em desenvolvimento, com 27%.

Cuba é o único país da América Latina e Caribe que eliminou a desnutrição infantil severa, graças aos esforços do governo para melhorar a alimentação da população, especialmente dos grupos mais vulneráveis. As duras realidades do mundo mostram que 852 milhões de pessoas padecem de fome e que 53 milhões delas vivem na América Latina. Só no México há 5,2 milhões de pessoas desnutridas. No Haiti, são 3,8 milhões, enquanto que, em todo o planeta, mais de cinco milhões de crianças morrem de fome todos os anos.

Segundo estimativas da ONU, não seria muito custoso garantir saúde e nutrição básica para todos os habitantes dos países em desenvolvimento. Para alcançar essa meta, bastariam 13 bilhões de dólares adicionais ao que se destina atualmente, uma cifra que nunca foi atingida e que é exígua se comparada com os bilhões de dólares destinados anualmente à publicidade comercial, os 400 bilhões gastos em medicamentos tranqüilizantes ou mesmo os 8 bilhões de dólares que são gastos em cosméticos nos Estados Unidos.

Para satisfação de Cuba, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) também reconheceu que esta é a nação com os maiores avanços na luta contra a desnutrição na América Latina. O Estado cubano garante uma cesta básica alimentar que permite a alimentação de sua população ao menos em dois níveis básicos, mediante uma rede de distribuição de produtos alimentícios. Além disso, há instrumentos econômicos em outros mercados e serviços locais para melhorar a alimentação do povo cubano e atenuar o déficit alimentar. Especialmente, há uma constante vigilância sobre o sustento das crianças e adolescentes. A nutrição começa com a promoção de uma melhor e mais natural forma de alimentação.

Desde os primeiros dias de nascimento, os incalculáveis benefícios do aleitamento materno justificam todos os esforços realizados em Cuba em favor da saúde e do desenvolvimento de sua infância. Isso tem permitido elevar os índices de recém nascidos que recebem aleitamento materno até o quarto mês de vida e que seguem consumindo esse leite, complementado com outros alimentos, até os seis meses de idade. Atualmente, 99% dos recém nascidos saem das maternidades com aleitamento materno exclusivo, índice superior à meta proposta, que é de 95%, segundo dados oficiais, nos quais se indica que todas as províncias do país cumprem essa meta.

Apesar das difíceis condições econômicas enfrentadas pela ilha, o governo cuida da alimentação e da nutrição das crianças mediante a entrega diária de um litro de leite a todas as crianças até sete anos de idade. Soma-se a isso a entrega de outros alimentos que, dependendo das disponibilidades econômicas do país, são distribuídos eqüitativamente para as idades mais pequenas da infância. Até os 13 anos de idade se prioriza a distribuição subsidiada de produtos complementares como o iogurte de soja e, em situações de desastre, se protege a infância mediante a entrega gratuita de alimentos de primeira necessidade.

As crianças incorporadas aos Círculos Infantis e às escolas primárias com regime de semi-internato recebem, além disso, o benefício do contínuo esforço por melhorar sua alimentação quanto à presença de componentes dietéticos, lácteos e protéicos. Com o apoio da produção agrícola – ainda enfrentando condições de severa seca – e a importação de alimentos, alcança-se um consumo de nutrientes acima das normas estabelecidas pela FAO. Em Cuba, esse indicador não é a média fictícia entre o consumo alimentar dos ricos e dos que passam fome.

Adicionalmente, o consumo social inclui a merenda escolar que é distribuída gratuitamente a centenas de milhares de estudantes e trabalhadores da educação, com cotas especiais de alimentos para crianças até 15 anos e pessoas de mais de 60 anos nas províncias do leste da ilha. Nesta relação, estão contempladas as grávidas, mães lactantes, anciãos e incapacitados, crianças com baixo peso e altura e o fornecimento de alimentos aos municípios de Pinar del Rio e Havana e também para a Ilha da Juventude. Essas regiões foram atingidas no ano passado por furacões, enquanto que as províncias de Holguín, Las Tunas e cinco municípios de Camaguey sofrem atualmente com a seca.

Esse esforço conta com a colaboração do Programa Mundial de Alimentos (PMA), que contribui para a melhoria do estado nutricional da população mais vulnerável da região oriental, beneficiando mais de 631 mil pessoas. A cooperação do PMA com Cuba data de 1963, quando essa agência ofereceu assistência imediata às vítimas do furacão Flora. Até hoje, já foram concretizados no país cinco projetos de desenvolvimento e 14 operações de emergência. Recentemente, Cuba passou de ser um país receptor a um país doador de ajuda.

O tema da desnutrição tem grande importância na campanha da ONU para atingir, em 2015, as Metas de Desenvolvimento do Milênio, adotada em uma cúpula de chefes de Estado em 2000 e que tem entre seus objetivos eliminar a pobreza extrema e a fome. A ONU considera que Cuba está na vanguarda do cumprimento dessas metas em matéria de desenvolvimento humano. Mesmo enfrentando deficiências, dificuldades e sérias limitações pelo bloqueio econômico, comercial e financeiro imposto pelos EUA há mais de quatro décadas, Cuba não mostra índices alarmantes de desnutrição infatil como ocorre em outros países. Nenhuma das 146 milhões de crianças menores de cinco anos com problemas de baixo peso, que vivem hoje no mundo, é cubana.

Tradução: Marco Aurélio Weissheimer

Fome piora no Haiti e 26 crianças morrem desnutridas

Esta notícia foi publicada na data abaixo.
Depois desta tragédia, como administrar um país destruído, sem educação, saúde e alimentação?
Creio que é tempo de olhar para DEUS e esquecer dos objetivos egoístas da humanidade.
Enquanto alguns procuram pessoas com vida embaixo dos escombros, outras procuram por objetos de valor para roubar.


quinta-feira, 20 de novembro de 2008, 15:06 - "Alguns dias antes da tragédia"

Online

AE-AP - Agencia Estado

PORTO PRÍNCIPE - Trabalhadores humanitários no Haiti dizem que a crise de alimentos está pior no país caribenho. A desnutrição matou pelo menos 26 crianças nas duas últimas semanas. Max Cosci, da Organização Médicos Sem Fronteiras, diz que as crianças morreram na remota área de Baie d''Orange, no sudeste do país. O programa de alimentação das Nações Unidas afirmou que está enviando alimentos e remédios à região.

As mortes aumentaram os temores de que a devastadora estação de furacões deste ano tenha agravado a crônica falta de alimentos no país mais pobre do Hemisfério Ocidental. As tempestades destruíram plantações e parte da agricultura e pecuária de subsistência, única fonte de alimentos para muitas famílias no campo. Cosci disse ontem que mais ajuda internacional é necessária, e precisa acontecer de maneira rápida. Ele definiu a situação como "extremamente frágil e perigosa".

Muitas crianças estão mortas e já não precisam mais de alimentos e sim de um lugar para serem enterradas.
Mas há outras que sobreviveram e elas precisam de socorro.
É tempo de saber o que realmente este lugar tem a oferecer para a população.
Saber se existe meios de construir edificações que não caiam novamente e como é possível unir a população neste ideal.
É tempo de união e unir o impossível, só mesmo com  boa vontade e DEUS.

Ed

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Integrantes de rede de pedofilia são condenados em SP

Uol Notícias - 07/01/2010 - 15h19


Presidente Prudente - Acusado de ser um dos principais integrantes da rede de pedofilia em Catanduva (SP), o borracheiro José Barra Nova de Mello, o Zé da Pipa, de 47 anos, foi condenado a 13 anos e quatro meses de prisão. Seu sobrinho, William de Mello de Souza, 20, recebeu pena de 12 anos.

Eles foram condenados pela juíza Sueli Juarez Alonso, titular da Vara da Infância e Juventude do Fórum de Catanduva. Assinada no dia 28 de dezembro, a sentença foi divulgada hoje pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça.

A juíza condenou Zé da Pipa por ter molestado quatro crianças e ter abusado de outros três menores junto com o sobrinho, entre 2008 e 2009. A dupla, que está presa, e outros suspeitos, alguns de famílias influentes, são acusados de abusar de mais de 50 crianças em Catanduva, que ficou conhecida como "cidade dos pedófilos".

"A conduta dos réus é de todo reprovável. Os crimes cometidos são graves. Não há como acolher a tese da defesa, a prova é robusta", afirmou a juíza.

 
Obs. do Ed : Agora que os pequenos estão presos, resta ver se os grandes também serão
         O Brasil precisa resolver esta situação com urgência, não podemos deixar os outros suspeitos impune.
         Chega desta vergonha de colocar só os pobres atrás das grades.
 
         Ed

Menino de 2 anos morre após apanhar do pai por ter urinado nas calças

Uol Notícias - 07/01/2010 - 17h19


Em Santiago do Chile:

Um menino de dois anos morreu hoje no Chile em consequência de uma surra dada seu pai por ter urinado nas calças.

O menor D.C.N. faleceu no Hospital de Iquique, a 1.857 quilômetros ao norte de Santiago, onde tinha sido internado em coma.

Segundo o promotor Víctor Ávila, responsável pela investigação do caso, o pai da criança, um boliviano sem residência legal no Chile, "sacudiu o menino repetidamente, bateu nele com um tubo de PVC e depois o jogou no chão".

O crime ocorreu na cidade de Apamilca, na municipalidade de Pozo Almonte, no norte do Chi
O menino ficou inconsciente, teve fraturas múltiplas e lesões internas, acrescentou Ávila.

De acordo com o promotor, no momento da detenção, o pai disse que "estava educando" seu filho.

A agressão foi denunciada por vizinhos. O menor recebeu um primeiro atendimento no consultório médico de Apamilca, mas, devido à gravidade de seu estado, foi levado para o hospital de Iquique.

Ávila disse que a companheira do pai do menino, que não é sua mãe, também foi detida porque pode ter tido participação no crime.

O pai contou à Polícia que o menino era fruto de uma relação anterior que teve em Oruro (Bolívia) e que tem uma filha de 1 ano e 4 meses com a atual companheira.

Este é o segundo caso do gênero no Chile nas últimas semanas. Em 21 de dezembro, um menino de dois anos morreu depois de uma surra de seu padrasto.

Segundo o último estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef, na sigla em inglês) sobre maus-tratos no Chile, três em cada quatro crianças do país são vítimas de agressões físicas ou psicológicas em casa e uma em cada quatro é vítima de violência grave.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Um em cada 500 adolescentes brasileiros vai ser morto até os 19 anos, revela estudo

21/07/2009 - 12h42


Fabiana Uchinaka

Do UOL Notícias

Em São Paulo

Atualizada às 14h28

Distribuição das mortes entre jovens por causas

Homicídios 46%

Mortes naturais 26%

Acidentes 22%

Suicídios 3%

Mortes mal definidas 3%

Pelo menos um em cada 500 adolescentes brasileiros será morto antes de completar 19 anos. A conclusão é do estudo feito pelo Laboratório de Análise da Violência da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), em parceria com o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e com o Observatório de Favelas, que foi apresentado nesta terça-feira (21) pela Secretaria Especial de Direitos Humanos.

O levantamento, baseado nas informações sobre jovens de 12 a 19 anos de 267 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, calcula pela primeira vez o Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), que mede a probabilidade de um adolescente ser assassinado. O valor médio do IHA brasileiro é de 2,03. Ou seja, 2,03 jovens em cada mil serão vítimas de homicídio.

Opine

A violência já é um sinônimo de banalidade no Brasil?

A cidade com pior índice é Foz do Iguaçu (PR), onde 9,7 jovens são mortos a cada grupo de mil. Em seguida vem Governador Valadares (MG), com IHA de 8,5, e Cariacica (ES), com 7,3. O Rio de Janeiro aparece em 21ª lugar, com 4,9, e São Paulo está em 151º, com índice de 1,4.

Apenas duas capitais estão entre as 20 cidades com maior média de adolescentes assassinados: Maceió, em Alagoas, e Recife, em Pernambuco. Nas duas, o índice é de 6 jovens mortos a cada mil.

A estimativa é de que o número de jovens mortos chegará a 33.504 entre 2006 e 2012, sendo que metade desses crimes acontecerá nas capitais. A chance de um jovem morrer por arma de fogo é três vezes maior na comparação com outras armas.

Leia mais

Subsecretária: estimativa

de 13 mortes diárias de jovens causa surpresa

Para Raquel Willadino, coordenadora do Programa de Redução da Violência Letal Contra Adolescentes e Jovens do Observatório de Favelas, a revelação de que os homicídios respondem por quase metade das mortes entre adolescentes (46%) é "forte e expressa a dramaticidade do fenômeno da violência no Brasil".

Ela chama a atenção para o fato de a violência estar migrando das capitais para as cidades de médio porte. "Ainda não dá para apontar as causa dessa mudança, mas nosso grupo de trabalho pretende levar 22 pesquisadores a campo em 11 dessas regiões para fazer um levantamento e, depois de dois meses, identificar iniciativas promissoras e construir posições para o enfrentamento do problema", conta.

Municípios por IHA

Foz do Iguaçu (PR) 9,7

Gov. Valadares (MG) 8,5

Cariacica (ES) 7,3

Olinda (PE) 6,5

Linhares (ES) 6,2

Serra (ES) 6,1

Duque de Caxias (RJ) 6,1

J. dos Guararapes (PE) 6,0

Maceió (AL) 6,0

Recife (PE) 6,0

Itaboraí (RJ) 6,0

Vila Velha (ES) 5,6

Contagem (MG) 5,5

Pinhais (PR) 5,5

Luziânia (GO) 5,4

Cabo Frio (RJ) 5,4

Ibirité (MG) 5,2

Marabá (PA) 5,2

Betim (MG) 5,0

Ribeirão das Neves (MG) 5,0

Sexo e cor

O estudo traz ainda dados por sexo e raça e revela que a chance de um jovem morrer por causas violentas é quase 12 vezes maior do que a de uma menina da mesma idade.

Já a probabilidade de um garoto negro ser assassinado é 2,6 vezes maior de que a de um branco. Em Rio
Verde, em Goiás, essa probabilidade aumenta 40 vezes.

Segundo Rachel Willadino, esse perfil tem se repetido em diferentes estudos sobre violência. "São sempre os homens e os negros, moradores de favelas e periferia, as principais vítimas", enfatiza. "Mas as causa são plurais e resultam de dinâmicas diversas: mortes por brigas banais, por ação policial, por grupos de milícias, por grupos de extermínio, por envolvimento com o tráfico de drogas e também por conta da desigualdade social no nosso território. No caso das meninas, também há morte por exploração sexuais", completa.

Cidades paulistas com taxa zero de homicídio

Nove municípios de São Paulo aparecem no pé do ranking de violência entre adolescente, com índice de homicídios zero: Sertãozinho, Ourinhos, Jaú, Itapetininga, Indaiatuba, Franca, Catanduva, Bragança Paulista e Barretos.

Maranguape (CE), Codó (MA), Barbacena (MG), Conselheiro Lafaiete (MG), Divinópolis (MG), Abaetetuba (PA), Blumenau (SC), Teresópolis (RJ), Erechim (RS) e Jaraguá do Sul (SC) também aparecem entre as cidades menos violentas.

No entanto, a região sudeste do Brasil é a que concentra a maior parte dos municípios com alto IHA, principalmente por conta dos índices registrados na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), no entorno de Vitória (ES) e na região metropolitana do Rio de Janeiro.

O IHA ajuda a monitorar e serve para dimensionar de forma simplificada o impacto da violência neste grupo etário. As fontes para o cálculo do índice são o Sistema de Informações de Mort alidade (SIM) do Ministério da Saúde e os dados de população do IBGE, em 2006.