Uma adolescente, cuja idade não foi revelada pela polícia, procurou a Depca (Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente) para relatar que também foi vítima de violência sexual do suposto pai de santo de 30 anos, que está sendo acusado de estuprar quatro crianças e de maltratar outras duas no bairro Jardim Montevidéu, em Campo Grande.
A vítima resolveu procurar a polícia após o caso ter sido noticiado pela imprensa. Segundo ela, o suposto pai de santo a teria estuprado quando ela tinha entre 4 e 7 anos.
De acordo com a delegada Regina Rodrigues, da Depca, além de ter sofrido violência sexual, a garota também disse que apanhava do homem com pedaços de pau, fivela de cinto e brasa de cigarros.
“Até hoje a menina tem marcas de queimaduras de cigarros no rosto”, disse a delegada. Segundo a polícia, as marcas seriam para que ela nunca “esquecesse” dele.
Nesse caso a hoje adolescente, não chegava a participar de nenhum tipo de ritual, como é acusado de ter feito com as outras quatro crianças, sendo uma delas filha dele e outras três, de um vizinho com a participação dos mesmos. O homem também é acusado de maus tratos contra outros dois filhos.
Os pais das crianças que eram coniventes com os fatos foram indiciados por corrupção de menores e abandono de incapaz.
O suposto pai de santo que está foragido é acusado de estupro de vulnerável e maus-tratos de animais.
Caso
O caso começou após uma denúncia no dia 24 de junho de um morador do bairro que relatou que uma criança de seis anos havia sido estuprada por um familiar.
A criança foi ouvida e além desse fato que está sendo investigado, a menina relatou que ela e duas outras irmãs eram levadas pelos próprios pais para o ritual. Das cerimônias, também participavam os filhos do homem de 30 anos.
A criança relatou que, durante as cerimônias, o homem matava uma galinha, chupava o sangue do animal e passava nos corpos das crianças. Na ocasião, de acordo com a delegada, o homem mandava as crianças tocarem nas partes íntimas dele. O suposto pai de santo também jogava cachaça nos órgãos genitais das vítimas.
A Fecams (Federação de Cultos Afro-brasileiros e Ameríndios de Mato Grosso do Sul), que reúne sacerdotes da umbanda e candomblé emitiu uma nota explicando que o acusado não é pai de santo.
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