Um incêndio registrado na noite deste domingo (23) no bairro Coophavila II, na região sudoeste da Capital teria sido criminoso conforme informações preliminares. A casa seria do suspeito de ter estuprado e matado o menino Kauan.
Populares teriam ateado fogo à residência do suspeito, após ele ter sido supostamente identificado através de posts em redes sociais.
Diversos leitores do Jornal Midiamax, que seriam vizinhos do suspeito, entraram em contato com a reportagem via WhatsApp confirmando o incêndio. Um deles disse que já teria visto o suspeito com crianças e adolescentes na casa.
O Corpo de Bombeiros foi acionado e esteve no local para conter as chamas. Não há informações de vítimas. De acordo com relatos a perícia é aguardada no local.
Tatiana Marin | Foto: Leitor/WhatsApp
Caso
Kauan desapareceu da casa da família, no Aero Rancho, no dia 25 de junho. O menino cuidava carros na região quando foi visto pela última vez. A família registrou boletim de ocorrência e as investigações foram realizadas pela Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente). Foram mais de 20 dias sem notícias até o último sábado (22), quando o caso foi esclarecido.
Durante as investigações do desaparecimento, um adolescente de 14 anos acabou apreendido por envolvimento no crime. Ele relatou à polícia que atraiu Kauan na noite do dia 25 de junho para a casa do pedófilo. A criança teria falecido enquanto era violentada.
Com Kauan inconsciente, não se sabe ainda se desmaiado ou já sem vida, os suspeitos colocaram o corpo do menino em saco plástico e ‘desovaram’ no Córrego Anhanduí, por volta da 1 hora do dia 26 de junho.
O pedófilo suspeito de matar Kauan nega as acusações, mas de acordo com o delegado Paulo Sérgio Lauretto, o depoimento do adolescente e os fatos já confirmados pela perícia, na casa do revendedor de celulares, não deixam dúvidas da autoria.
Na casa do homem, que também já teria dado aulas de português em uma escola da região sul de Campo Grande a polícia encontrou sangue na cama, no chão e no porta-malas do carro, além de material pornográfico no computado. Dois dos filmes apreendidos mostravam cenas com o próprio suspeito.
Sobre o local onde o corpo foi deixado, segundo a autoridade policial, o adolescente apresentou contradição. Ele afirma que entrou no carro do pedófilo, com o corpo no porta-malas, mas que não desceu do veículo para jogar o corpo. O criminoso teria ido sozinho às margens do córrego e permanecido por aproximadamente 30 minutos.
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