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ANDI - Agência de Notícias dos Direitos da Infância

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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

8 MILHÕES de Crianças Abandonadas no Brasil

Acredita-se que atualmente chegue perto de 8 milhões o quantitativo de crianças abandonadas no Brasil. Destas, cerca de 2 milhões vivem permanentemente nas ruas, envolvidos com prostituição, drogas e pequenos furtos.


Para termos uma idéia de quantidade, vamos imaginar o estádio do Morumbi, lotado de crianças.




Se o estádio do Morumbi lotado de crianças, coubessem 100mil crianças!


Teríamos aproximadamente 80 estádios cheio de crianças abandonadas.


80 estádios = 8 milhões de crianças abandonadas!!!

Gente é muita criança sofrendo em nossa terra.

Ed

200 mil crianças abandonadas anualmente no Brasil

Nos dias de hoje (2009), observa-se um total de aproximadamente 200 mil crianças abandonadas anualmente no Brasil.


A Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social de São Paulo calcula que cerca de 70% dos meninos e meninas que são abandonados por suas famílias têm entre 0 e 12 anos.

2 crianças em média, são abandonadas por dia na cidade de São Paulo.

Ed

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

GRANDE TAVINHO

Foi assim:

É isso mesmo, um menino morava num desses carrinhos de catar ferro, papelão e um monte de coisas que possa dar alguns trocados a quem faz uso dele.

Este menino passava fome, dormia na chuva, no sol, embaixo de papelão e na melhor situação, era colocado para dormir no chão forrado com jornais em uma casa abandonada.

Era levado para todos os lados e quando chorava de fome, sua mãe ia com ele aos faróis e sempre conseguia algumas moedas para comprar-lhe algo.

Gustavo é seu nome, mas sua mãe o chamava de Tavinho.

Tavinho gostava muito de brincar e fazia daquele monte de sucata, seu quartel general, enquanto circulava pelas ruas da cidade.

Seus pais viviam alcoolizados e constantemente iam até algum beco para comprar drogas e ficavam por ali até que a viagem chegasse ao fim.

Enquanto isso, Tavinho ficava encolhido dentro do carrinho e de tão sujo, camuflava-se junto à montanha de papelão daquele local.

Desta forma passava-se despercebido que por ali havia uma criança, pois todos achavam que seria um animalzinho a se esconder.

Pobre do Tavinho será que alguém o notaria ali?

Um dia, o carrinho passou por um lugar carregado de caixas de papelão velho e enquanto seus pais catavam o material, uma mulher ouviu o choro do Tavinho, que de tão baixo, ela precisou chegar bem perto para ver se era de uma criança ou um gatinho.

Ao perceber que ali havia uma criança e que gemia muito, tratou logo de fazer uma denúncia no 181.

Demorou um pouco, mas logo o pessoal do conselho tutelar localizou-o, pela descrição feita ao disque denuncia por aquela abençoada mulher.

Eles levaram o pequeno Tavinho para o Fórum e de lá, foi acolhido em uma instituição.

Seus pais fugiram, quando viram que o pessoal do conselho e da polícia tava perto do carrinho.

Grande Tavinho, agora ele estava bem, pois o pessoal da casa abrigo, o tratava com muito amor e carinho.

Tinha roupas novas, um chuveiro gostoso para tomar um banho quentinho, cinco refeições diárias, alguns amiguinhos de sua idade para brincar e uma caminha bem confortável para descansar e ter um soninho restaurador.

Pronto, Tavinho estava num lugar que merecia, pois era uma criança e todas as crianças merecem um lugar seguro para crescer e desenvolver-se na sociedade.

Mas, todavia, entretanto e sei lá porque cargas d’água isso foi acontecer, que certa juíza de certo fórum, disse ter localizado sua avó e...

Tratou logo de emitir uma ordem, sei direito de ser contestada, de que o pobre do Tavinho deveria ser imediatamente desabrigado e entregue a tal senhora que dizia ser sua avó.

Lá foi o Tavinho, no cair da tarde, sem entender nada, entregue nas mãos daquela senhora.

Os tios daquela casa abrigo ficaram indignados, pois não tiveram tempo de preparar o menino para uma adaptação melhor com uma senhora que nunca havia visto na vida.

- Tavinho lindo, queridinho, vai com Deus e que Ele te proteja, diziam os tios enquanto apressadamente aquela senhora o retirava dalí.

Passaram-se três meses e o pessoal do conselho tutelar, soube que uma criança estava em situação de risco num lugar perto de Sapopemba; Que estava passando fome e morando em um lugar sujo e sem condições de moradia digna e também apanhava muito.

Mais uma vez o conselho agiu e resgatando a criança, o abrigaram em uma instituição.

Pronto, o pequeno estava num lugar que merecia, pois era uma criança e todas as crianças merecem um lugar seguro para crescer e desenvolver-se na sociedade.

Grande menino, agora ele estava bem, pois o pessoal da casa abrigo o tratava com muito amor e carinho.

Tinha roupas novas, um chuveiro gostoso para tomar um banho quentinho, cinco refeições diárias, alguns amiguinhos de sua idade para brincar e uma caminha bem confortável para descansar e ter um soninho restaurador.

Há, não te contei?

A surpresa do pessoal da instituição foi que a criança que estava agora deitadinha e dormindo seguramente em sua confortável caminha, tratava-se do Tavinho.

Grande Tavinho, que DEUS o protegeu e trouxe de volta em segurança à mesma instituição de onde saiu apressadamente.

- Até quando não sabemos, mas esperamos que desta vez, este pequeno menino, possa ser respeitado e que quando for desabrigado novamente, possam ser checados todos os documentos e as condições de vida das pessoas que desejam adotá-lo.

Pois soubemos que a senhora que o havia levado da primeira vez, não se tratava da sua avó verdadeira, e que os documentos daquela senhora foram apresentados, porém os da criança não, pois nem sequer registro de nascimento ela tinha.

Foi assim... Mas poderia não ter sido.... E se ele fosse abusado ou assassinado?...

A nova lei de adoção pode provocar uma onda de crianças sendo desabrigadas sem critérios aceitáveis.

Ela diz que as crianças podem ser abrigadas por no máximo dois anos em uma instituição.

Que será que pensam as autoridades?

Já digo logo, crianças têm que ser respeitadas e protegidas e que a lei máxima que deve prevalecer é a do amor.

Casos como o do grande Tavinho, protegido por DEUS, podem se repetir e podem também não ter um final feliz.

Foi assim... Mas poderia não ter sido....!!!



Ed